O jornalista Lúico Flávio Pinto, que vem sofrendo pressões, ameaças e  processos judiciais por conta do seu ofício de informar, defender o  direito à informação do cidadão e denunciar as investidas dos poderosos  contra o patrimônio da Amazônia, recebe nesta terça-feira, 06, mais uma  manifestação de apoio.
Representantes de diversas entidades e personalidades comprometidas com a luta pela democracia e liberdade de expressão estarão presente ao evento que conta com debate e exibição de um vídeo, a partir das 18h, no auditório do Ministério Público Federal, em Belém.
 A iniciativa é da “Liberdade para Lúcio Flávio Pinto"deflagrada pelo  Sindicato dos Jornalistas do Pará e visa realizar atos contra a  perseguição política que o jornalista vem sofrendo nos últimos 20 anos.  De 1992 pra cá já somam 33 processos judiciais cíveis e penais contra  Lúcio Flávio Pinto, que tem se dedicado a sua função de investigar,  checar informações e denunciar ações ilegais, corrupção, crimes contra o  interesse e o patrimônio público, além de irregularidades no exercício  da função pública. 
 Em 1999, o Jornal Pessoal denunciou Cecílio Rego de Almeida, dono da  construtora C.R. Almeida. O empresário grilou uma área de 4,7 milhões de  hectares de terras públicas, no Pará. O conhecido “pirata fundiário”  processou o jornalista por suposta “ofensa moral”.  O Tribunal de Justiça  do Pará aceitou a queixa e condenou Lúcio à indenização de R$ 8 mil;  ele recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, mas no último dia 7 de  fevereiro o STJ negou seguimento ao recurso, arquivando-o, sob alegação  de “erros formais”.
Contribuições encerradas - Iniciada em fevereiro, a campanha buscou contribuições para ajudar o jornalista, atarvés de um conta bancária para receber doações e obteve grande êxito. No dia 02 de março, Lúcio Flávio escreveu no blog criado pela manifestação agradecendo a todos que abraçaram sua causa.
"A campanha de arrecadação de fundos, aberta para cumprir a ordem da justiça do Pará, de pagar ao grileiro indenização pela audácia de chamá-lo de 'pirata fundiário', já ultrapassou os 22 mil reais estimados como maior valor atualizado (...). Obrigado a todos vocês. Esta etapa foi realizada (...). Um generoso e emocionante exemplo de solidariedade e consciência, que tão profundamente toca meu coração e rejuvenesce minha consciência". Leia o texto de agradecimento, na íntegra, aqui.
Contribuições encerradas - Iniciada em fevereiro, a campanha buscou contribuições para ajudar o jornalista, atarvés de um conta bancária para receber doações e obteve grande êxito. No dia 02 de março, Lúcio Flávio escreveu no blog criado pela manifestação agradecendo a todos que abraçaram sua causa.
"A campanha de arrecadação de fundos, aberta para cumprir a ordem da justiça do Pará, de pagar ao grileiro indenização pela audácia de chamá-lo de 'pirata fundiário', já ultrapassou os 22 mil reais estimados como maior valor atualizado (...). Obrigado a todos vocês. Esta etapa foi realizada (...). Um generoso e emocionante exemplo de solidariedade e consciência, que tão profundamente toca meu coração e rejuvenesce minha consciência". Leia o texto de agradecimento, na íntegra, aqui.
 Debate + Vídeo - A campanha de  solidariedade contiua e nsta terça-feira, farão parte da mesa de debate,  a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Pará, Sheila Faro; o  presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, Marco  Apolo; o procurador da República, Felício Pontes; o professor e  vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação do Instituto de Ciências  Jurídicas da UFPA, Jeronimo Treccani; a pesquisadora do Museu Paraense  Emílio Goeldi, Ima Vieira; e a jornalista e professora do curso de  Comunicação Social da UFPA, Rosaly Britto.
 Dentro da programação, será exibido um vídeo que mostra a participação  de Lúcio Flávio Pinto em diversos programas e documentários sobre a sua  atividade profissional. O ato de solidariedade a Lúcio Flávio Pinto faz  parte da campanha “Liberdade para Lúcio Flávio Pinto", que já conta com o  blog somostodoslucioflaviopinto.wordpress.com  e um grupo do Facebook (Pessoal do Lúcio Flavio Pinto), que além de  denunciar as perseguições ao jornalista, visa também contribuir para  arrecadar recursos para pagamento da sentença movida por Cecílio Rego de  Almeida e seus herdeiros, que está inicialmente orçada em R$ 30 mil,  considerando a atualização do valor fixado como indenização.
 Livros + premiações - Lúcio Flávio Pinto é  autor de diversos livros que retratam os grandes projetos, problemas e a  exploração desenfreada na região como “Amazônia: o anteato da  destruição” (Belém: Grafisa. 1977),  “Amazônia: no rastro do saque” (São Paulo: Hucitec. 1980), “Carajás: o  ataque ao coração da Amazônia” (Rio de Janeiro: Marco Zero. 1982),  “Jari: toda a verdade sobre o projeto de Ludwig  - as relacões entre  estado e multinacional na Amazônia” (São Paulo: Marco Zero. 1986) e  “Amazônia: a fronteira do caos” (Belém: Falangola. 1991) entre outros  que, durante o evento estarão sendo vendidos, assimo como exemplares do  Jornal Pessoal.
 Como jornalista, já foi correspondente na região do jornal O Estado de  São Paulo e repórter dos jornais O Liberal e  A Província do Pará. Desde  1987 vem publicando, de forma independente, o Jornal Pessoal. Em sua  trajetória vem recebendo inúmeros prêmios de reconhecimento pelo seu  trabalho.
 Já foram quatro prêmios Esso, dois prêmio da Fenaj - Federação Nacional  dos Jornalistas, que em 1988 considerou o Jornal Pessoal a melhor  publicação do Norte e Nordeste do país. Em 1997, ganhou o prêmio Colombe d'Oro per la Pace, dado anualmente pela  organização não governamental italiana Archivio Disarmo a  personalidades e órgãos de imprensa que tenham uma contribuição  significativa na promoção da paz. Ele venceu na categoria "jornal". Em  2005, foi premiado com o Internacional Press Freedom Award, da  organização nova-iorquina Committe to Protect Journalists (CPJ), dado a  jornalistas que tenham se destacado na defesa da liberdade de imprensa.
 Serviço
 O auditório do MPF em Belém fica na Rua Domingos, 690, Marreiros entre Generalíssimo e 14 de Março.














 

