Do Blog na Ilharga, de Jorge Paz Amorim.
  
 Tem como fundamento o mantra baratista, "aos amigos, os favores da  lei...aos inimigos, os rigores da lei". Em duas reporcagens publicadas  hoje, percebe-se como a manipulação de dados procura induzir o leitor a  aderir à dita lógica.
  
Na primeira, parte da munição barbálhica contra  os maioranas no caso do convênio Funtelpa/TV Liberal, não faz uma  referência sequer ao fato de Simão Lorota passar quatro anos abastecendo  com dinheiro público o convênio que a reportagem em tela denuncia. É  citado apenas o ex-governador e breve aliado nas últimas eleições, Almir  Gabriel, e o atual scretário de comunicação Nei Messias, não  propriamente um amigo da "casa". Por sinal, que corre até o risco de ser  defenestrado da secretaria, caso a justiça acate os argumentos da PGE e  o demita a bem do serviço público.
Mas, contra Simão, não há  qualquer referência, naturalmente porque este aquinhoou áulicos  barbálhicos com acesso aos cofres públicos, e isto é o que mais amolece o  coração de Jader, como todos nós sabemos.
 
Na segunda reporcagem,  assinada pelo flibusteiro/escrevinhador Mentes, a base é um vago dossiê  com denúncias tão bombásticas quanto vazias, divagando a respeito de um  conluio para beneficiar o dono do Grupo Leolar com sonegação de  tributos, tendo a participação de Darci Lemen, prefeito de Parauapebas; e  Cláudio Puty, ex-Chefe da Casa Civil e atual deputado federal pelo PT  paraense.
 
Não há fato concreto que estabeleça elos entre os acusados  pela criminosa reporcagem, apenas afirmações vagas do tipo, o auditor  fiscal designado a investigar a empresa foi dirigente do Águia de Marabá  e é amigo do prefeito de Parauapebas(e daí?), sendo que este tem acesso  a Puty; "a sonegação de ICMS de atacadistas é estimada em mais R$2  bilhões(detalhe: o Grupo Leolar é varejista)" e coisas do gênero.
 
Paradoxalmente  é que, no ano referido por Mentes(2009), a arrecadação própria do  Estado, especialmente a do ICMS, cresceu 8% e ajudou na redução da  pobreza,conforme o próprio escrevinhador acaba involuntariamente  reconhecendo ao citar que existem cerca 2,5 milhões de paraenses com  renda mensal de R$120,00, números bem menos constrangedores dos que os  3,4 milhões que havia no primeiro reinado lorótico e infinitamente  melhores do que os números da cleptoadministração barbálhica dos anos  90, quando o rendimento domiciliar de 3/4 da população era bem menor do  que a média nacional, àquela altura em 2,52 salários mínimos, ou seja,  nosso Baby Doc bem antes de Caetano Veloso já dizia que o Haiti era  aqui.
Depois que o Encontro Estadual do Partido dos Trabalhadores,  quando foram definidos os nomes dos postulantes à Prefeitura de Belém e  não estava listado o nome de Cláudio Puty, a Futrica Barbálhica(Diário  do Pará) concedeu-lhe uma trégua, provavelmente por avaliar que Puty  deixava de ser o adversário preferencial.
 
Porém, bastou circular a  notícia que a bancada federal do PT indicou o deputado paraense para  presidir a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara Federal para que  hoje fosse reiniciada essa ofensiva calhorda. O que teme Barbalho? Que  Puty use de suas prerrogativas para vasculhar os negócios de famiglia?  Que eventualmente seja flagrado algum deslize na aplicação dos recursos  oriundos de convênios, operados pelo Gulliver ananin? Ou, que haja algo  inconfessável no processo de metamorfose do outro rebento, de tocador da  mídia familiar a reitor na região de Marabá? O tempo dirá...